Desigualdade Social no Brasil e
no Mundo
Como desigualdade social podemos
entender a diferença de poder aquisitivo entre as classes econômicas de um
determinado país. A consequência direta da desigualdade social, principalmente
nos países menos desenvolvidos é a pobreza.
No entanto, podemos desmembrar a
desigualdade social em diversos aspectos, envolvendo desde desigualdade de
oportunidades no mercado de trabalho até a desigualdade de escolaridade. A
desigualdade social, no conjunto, transforma-se quase sempre na desigualdade
econômica, marcando a distribuição desigual de rendas.
Em nosso país, a desigualdade
social é uma das características mais importantes, já que somos um dos piores
países do mundo neste tipo de diferença entre as classes sociais. Embora
tenhamos tido a oportunidade de, há alguns anos, sermos considerado a oitava
potência econômica do mundo, também estávamos carregando a tocha de oitavo país
com maior índice de desigualdade econômica.
DESIGUALDADE SOCIAL NO BRASIL EM
2016 – ARGUMENTOS
Para muitos estudiosos, a
desigualdade social no Brasil remonta ao Brasil Colônia, antes do Império,
quando tínhamos 3 pilares que estratificavam a população brasileira, apoiando a
desigualdade econômica: a influência dos colonizadores, os padrões de títulos
de posse de latifúndio e a escravidão.
Essas 3 variáveis foram de forte
contribuição para que a desigualdade social se tornasse um grave problema
brasileiro, persistindo através dos tempos e ganhando maior relevância
principalmente em virtude do processo de modernização que ocorreu no Brasil a
partir da Proclamação da República.
Com o desenvolvimento ocorrido no
Brasil enquanto nação, cresceram também os índices de miséria, de diferenças
entre as classes sociais, de dificuldade de acesso à educação e à saúde,
criando uma grande concentração de renda, gerando desemprego, aumentando a fome
e a miséria que atinge, até hoje, milhões de brasileiro, condições que não
podem ser relegadas a segundo plano quando estamos vivendo no século XXI.
Com o tempo, a desigualdade
social sempre tende a aumentar. Para os provenientes de famílias mais pobres,
existem menos chance de obter níveis mais altos de educação. Possuindo níveis
inferiores de escolaridade, essas pessoas têm menos probabilidade de conseguir
uma posição melhor na sociedade, de ter uma profissão de prestígio e conseguir
melhor remuneração.
Muito embora os últimos governos
tenham criado ações para reduzir a desigualdade social, o caminho a percorrer
ainda é longo, necessitando de constante atenção com relação às providências de
fornecer escolaridade, segurança e saúde, uma situação que estamos vendo,
durante a crise que estamos passando, criar um processo de regressão e não de
avanço.
DESIGUALDADE SOCIAL: COMBATER É
DEVER DE TODOS
A desigualdade social deixou de
ser, não só no Brasil como no mundo todo, uma responsabilidade de cada governo,
cabendo também às entidades de cunho universal atitudes que possam combater a
fome e a miséria, num primeiro momento.
É preciso pensar em investir nas
pessoas para que tenham condições de competir em igualdade de condições no
mercado de trabalho e esse trabalho não pode ser feito em apenas uma geração.
Enquanto analisamos a situação
brasileira, vemos que, dos 204 milhões de pessoas, apenas uma pequena
quantidade, ou menos de 20%, possui hoje condições de educação e padrão de vida
que podem ser comparados a países desenvolvidos. Os outros 80%, ou a maioria da
população encontra-se em níveis mais modestos, podendo em alguns casos ser
comparados aos padrões africanos.
Como consequência da desigualdade
social, temos os grandes problemas que nos afetam diretamente, podendo ser
vistos a toda hora e todo momento:
- · Aumento das favelas nas grandes cidades, com
proliferação nas cidades do interior;
- · Crescimento de fome e de miséria em todos os
centros urbanos;
- · Aumento da mortalidade infantil, do desemprego e
da criminalidade;
- · Crescimento de classes sociais de menor poder
aquisitivo;
- · Atraso no desenvolvimento econômico da nação;
- · Dificuldade de acesso a serviços básicos de
saúde, transporte público, saneamento básico e educação.
Como sociedade, o Brasil deve
entender que, sem um efetivo Estado democrático, não teremos condições de
combater ou reduzir a desigualdade social entre nós. Cabe ao conjunto da
sociedade criar meios para o desenvolvimento social e estabelecimento de um conjunto
de regras que possam minimizar a desigualdade social.
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