Tendências Primavera/Verão 2020 em DESTAQUE
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Verão e milhões de brasileiros só
pensam em uma coisa: praias limpas. Sabemos que a estação ainda nem começou e algumas das
cidades litorâneas mais frequentadas por turistas já apresentam praias com
condições pouco favoráveis a banhos de mar. Um dos grandes problemas do país, a
falta de saneamento básico, reflete diretamente nos mapas de balneabilidade do
litoral brasileiro. O mar, infelizmente, ainda é o lugar de despejo de boa
parte do esgoto sem tratamento gerado nos municípios litorâneos.
Além disso, há o óleo de origem
desconhecida, mesmo após mais de quatro meses do início do derramamento no
Nordeste. Ele ainda contamina parte significativa das praias brasileiras. A boa
notícia é que, apesar de tudo isso, ainda tem muita praia limpa para se
refrescar neste verão.
O óleo, que também já atingiu o
Espírito Santo e o litoral norte do Rio de Janeiro, afetou praias de 130
cidades, de 11 estados. Ao todo, 988 localidades foram afetadas até 3 de
janeiro de 2020. Diz o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama). O número inclui vários trechos de determinadas
praias. Por isso, o alto volume. Dessas localidades, 527 já são consideradas
praias limpas. Ou seja, sem vestígios de óleo.
Os estados que apresentam mais localidades
com vestígios de óleo são: Bahia (225), Espírito Santo (57), Alagoas (62),
Sergipe (49), Maranhão (27), Pernambuco (18), Ceará (10), Rio Grande do Norte
(9) e Piauí (8).
Esse mapa do Ibama, portanto,
mostra que tem muita praia boa na região nordestina neste verão. Mas quem
prefere não arriscar precisa ficar de olho também na balneabilidade das praias
em outras regiões do País. Em São Paulo,
a bandeira verde, que indica praia própria para banho, prevalece. É o que
mostra o último boletim da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).
A empresa faz medições de balneabilidade das praias semanalmente. As condições
são impróprias quando existe uma concentração acima do limite tolerável de bactérias
fecais na água do mar.
Assim, já é possível verificar ao
menos 11 localidades no litoral paulista em condições impróprias para banho,
segundo o boletim. Foram monitoradas 177 praias ou localidades (uma praia pode ter
mais de uma localidade) nesse boletim, entre Ubatuba e Ilha Comprida. Em
Caraguatatuba, apenas Indaiá está imprópria, das quinze localidades medidas. Já
em São Sebastião pode cair no mar à vontade. Bandeira verde em todas as praias.
As cidades do litoral paulista
mais preocupantes no quesito balneabilidade são Mongaguá e São Vicente. Em
Mongaguá, quatro das sete praias monitoradas estão boas para banho. A bandeira
vermelha está hasteada nas praias Vera Cruz, Agenor de Campos e Flórida Mirim.
Em São Vicente, duas praias estão impróprias, das seis analisadas: Divisa e
Milionários. Praia Grande tem apenas a praia Maracanã com bandeira vermelha.
Nas outras onze, pode se jogar.
Em Santos, não dá praia no trecho
em frente à Rua Olavo Bilac da José Menino. No Guarujá, em Perequê também não
dá. Itaquanduba deve ser evitada em Ilha Bela. Está imprópria para banho de
mar. Bem como Itaguá, em Ubatuba, no trecho final da Avenida Leovegildo D.
Vieira.
Até o fim do verão, a bandeira
vermelha deverá ser mais hasteada. A Cetesb diz que mais gente nas praias
paulistas nesse período pressiona a qualidade da água do mar. Isso por causa,
principalmente, do aumento proporcional na geração de esgoto. Conforme a Companhia
de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a cobertura de
esgotamento sanitário é projetada, entretanto, para atender picos de consumo.
Ela pode absorver 1,5 vez o consumo de água. O dado é referente à Baixada
Santista, que abrange nove cidades, de Peruíbe a Bertioga.
Atualmente, a Baixada Santista
tem uma das melhores coberturas de coleta e tratamento de esgoto do País, com
média de 80% (Santos é uma das referências nacionais). Santos é a mais avançada
da região com quase 99%. Já Itanhaém e Bertioga, as mais atrasadas, em torno de
60%. “Vamos passar da média de 95% até 2030”, diz Sergio Bekerman,
superintendente da unidade de negócios Baixada Santista da Sabesp. Em 2019, o
governo do Estado de São Paulo anunciou uma nova fase do Programa Onda Limpa,
com investimento total de R$ 1,9 bilhão, sendo R$ 1,4 bilhão até 2023. Quando o
projeto começou, em 2007, a cobertura média de coleta e tratamento de esgoto na
região mal ultrapassava os 50%.
A universalização de coleta e
tratamento de esgoto na Baixada Santista, ou seja, 100%, contudo, depende de
regularização fundiária. “Hoje ainda existem milhares de pessoas vivendo em
palafitas. Principalmente, em São Vicente, Guarujá e Santos. Sem regularização,
os serviços da Sabesp não chegam a essas residências”, afirma Bekerman. Se
esgoto ainda é um problema, o executivo ressalta que água potável não faltará neste
verão. A falta de água é outro problema que costuma estragar as férias de
turistas e veranistas. Mas agora, com a aprovação do novo marco regulatório, o
saneamento tende a melhorar.
O governador de São Paulo, João
Doria, também garante que terá água em todo o litoral paulista. Doria espera
crescimento do turismo por causa do derramamento de óleo, que não chegou ao
Estado. E também por conta do aquecimento na economia, disse. A Sabesp, ele
anunciou, investiu mais de R$ 250 milhões, em 2019, para melhorar o sistema de
abastecimento na Baixada Santista e no Litoral Norte. Na Baixada, foram mais de
R$ 237 milhões, ressalta Bekerman.
Entre as obras, quase 52 novos
quilômetros de tubulações de água e esgoto. Uma nova Estação de Tratamento de
Água (ETA) em Peruíbe e o Centro de Reservação ETA Guaraú. “Teremos ainda 600
funcionários de plantão 24 horas por dia para atender a demanda maior na alta
temporada”, observa Bekerman. Ele estima alta entre 10% e 15% no fluxo de
turistas na Baixada Santista. A região tem 1,8 milhão de habitantes, volume que
quase dobra na virada do ano. Por isso, o governador também anunciou que a
segurança e o atendimento à saúde serão reforçados durante toda a temporada.
Na capital do Rio de Janeiro, a
bandeira verde prevalece. Praias limpas neste início de verão em 32 das 37
monitoradas. As impróprias para banho são Flamengo, Botafogo e um trecho da São
Conrado. Em Angra dos Reis, fique longe de três praias: Jacueganga, Frade e
Itinga. Em Búzios, pode se jogar na água, pois ela está boa em todas as praias.
Já em Arraial do Cabo, cuidado na Prainha, Figueira e Monte Alto. Estão
impróprias. Em Cabo Frio, fuja das praias Siqueira e Palmeira pelo mesmo
motivo.
As informações são do site
praialimpa.net, onde é possível encontrar um panorama completo da
balneabilidade em 266 pontos monitorados no Estado. A bandeira está verde na
maioria, segundo o último boletim. Um pouco mais de 20% das praias estão
impróprias.
Neste começo de verão, a bandeira
verde também predomina no litoral catarinense: está hasteada em 71% dos pontos
monitorados, mostra o último boletim. Ele indica, entretanto, que a
balneabilidade piorou no Estado. No monitoramento anterior, mais de 80% das
praias analisadas estavam próprias para banhos. Florianópolis, São Francisco do
Sul, Barra Velha, Itapema, Governador Celso Ramos, Palhoça, Navegantes e Penha
são as cidades que apresentam mais trechos de praias impróprios para banhos. A
bandeira vermelha é menos vista em Garopaba, Bombinhas e Balneário Camboriú.
As informações também são do site
praialimpa.net, baseadas em dados do Instituto do Meio Ambiente (IMA). Acesse e
obtenha boletins atualizados antes de escolher um destino em Santa Catarina.
Segundo a Companhia Catarinense
de Águas e Saneamento (Casan), foram investidos R$ 46,8 milhões no sistema de
abastecimento e de esgotamento sanitário, em 2019. O objetivo é atender o
aumento previsto para a alta temporada. “A maior parte dos investimentos –
quase 70% – está concentrada na Região Metropolitana, que recebe o maior número
de visitantes no período de verão”, afirma nota da empresa. Os recursos foram
direcionados à implantação de reservatórios, ETAS, implantação de emissários e
reforço de equipes, entre os principais.
Os gestores públicos afirmam, e
com razão, que sem a colaboração dos turistas não há investimento que salve uma
boa temporada. Não desperdice água é o recado deles. “Tem muito turista que a
primeira coisa que faz quando chega é lavar o carro. Também gostam de limpar a
calçada varrendo com esguicho de mangueira”, diz Bekerman, da Sabesp. Bem feio
isso, senhor turista. É preciso economizar água potável em qualquer lugar do mundo.
Não apenas na sua cidade.
Outra reclamação recorrente de
moradores de municípios litorâneos é o lixo que os turistas produzem. E, pior,
espalham. O lixo ainda é um problema no País. A maior parte das cidades litorâneas ainda não
suporta o aumento da população no verão. Então, não custa colaborar. Não
descarte lixo em qualquer lugar, especialmente nas praias porque vai parar nos
oceanos. Lembre-se das imagens das praias onde houve a virada do ano, um
descalabro. E causar um mal danado à vida marinha e para a própria alimentação
humana, que depende bastante de peixes e frutos do mar. Se não há lixeiras nas
ruas em número suficiente, leve o lixo até um lugar apropriado. É um horror
sujar a casa dos outros.
Fontes:
https://www.ibama.gov.br/phocadownload/emergenciasambientais/2020/manchasdeoleo/2020-01-03_LOCALIDADES_AFETADAS.pdf;
https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/verao/2020/noticia/2020/01/04/balneabilidade-em-sc-tem-71percent-dos-pontos-estao-proprios-para-banho.ghtml;
https://www.atribuna.com.br/cidades/mais-de-60-praias-da-baixada-santista-est%C3%A3o-pr%C3%B3prias-para-banho-1.82480;
https://www.abcdoabc.com.br/abc/noticia/investimentos-sabesp-litoral-somam-mais-r-250-milhoes-beneficiam-alta-temporada-94230;
http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/litoral-de-sao-paulo-ganha-reforco-policial-e-mais-verba-para-saude-2/;
https://qualipraia.cetesb.sp.gov.br/qualidade-da-praia/;
https://praialimpa.net/; https://www.casan.com.br/noticia/index/url/casan-apresenta-investimentos-para-a-temporada-2019-2020#0
https://marsemfim.com.br/praias-limpas-na-maior-parte-do-pais-no-verao-de-2020/
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ensinou, nunca ninguém nos ensinou. Quem ensinava isso eram os padres, ou os
bagaceiros da cidade que tem uma visão distorcida da sexualidade. Repressão, na
família quase não se toca no assunto ou tem que comprar papos de revistas
superficiais como Ele Ela, Playboy e qualquer babaquice dessas sabe? E nunca a
gente tem coragem de discutir e aprofundar, por que se a gente discutir a
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